top of page

O hábito de falar mal dos outros


Toda a gente gosta de uma boa "fofoca". Admitam. E quem nunca falou menos bem de alguém que atire a primeira pedra.


É verdade quem nem todo o cochicho implica maldade. Mas temos de admitir que a grande maioria sim.


Quer se trate de uma "simples" novidade ou um "simples" segredo partilhados, a forma como a "fofoca " é transmitida e recebida é maioritariamente determinada pela pessoa que a faz. Mas como o tema de hoje é o "mal dizer" e não a ineficácia na comunicação, não me vou aprofundar muito nessa parte.


Embora eu esteja aqui a tentar distinguir o dito "gossip" do "mal dizer", será mesmo possível dissociar os dois conceitos completamente? Estarei eu, a falar dos que mal falam, a ser pior que eles?


Não sei se alguma vez pararam para analisar isto, mas falar mal dos outros cria, mesmo que inconscientemente, afinidade entre os intervenientes da conversa. Como diz o historiador brasileiro Leandro Karnal: "...ao falarmos de uma terceira pessoa, estamos estabelecendo uma aliança..." e, convenhamos, a sensação de envolvimento num meio de conspiração causa um certo entusiasmo.


Pessoalmente não consigo desconsiderar o cliché de que quem nos fala mal de outras pessoas, fala mal de nós aos outros também. E se já tenho por hábito não revelar pormenores da minha vida às pessoas que pouco conheço, muito menos o faço a quem me aborda com intrigas alheias.


As redes sociais tiveram grande impacto neste hábito, pois ao proporcionarem voz a qualquer um que tenha vontade de opinar, agravaram ainda mais este "vício". Nos dias de hoje, todos falam do que querem (e como querem) e o facto de se expressarem digitalmente é mais fácil, pois não há risco (ou é quase nulo) de confronto físico.


Obviamente que não podemos nunca desconsiderar a liberdade de expressão. Contudo, nunca é demais apelar ao bom senso e à educação.


Mas afinal de contas, o que leva as pessoas a falarem mal umas das outras?


Falta de conhecimento

É muito fácil falar do que não se sabe, do que não se vive, do que não se sente. E como se já não bastassem as opiniões (muitas vezes não pedidas) de quem está de fora, ainda há os que tentam dificultar a resolução dos problemas com negativismo.


Insegurança

Aqui entramos noutro cliché. É muito comum uma pessoa "atacar" outra por se sentir ameaçada. Seja pela sua aparência, nível social ou sucesso, a tentativa de denegrir e rebaixar o intimidante cria ao injurioso uma sensação de satisfação compensatória por não ter o que ele tem ou por não ser o que ele é.


Preconceito

Este ponto está relacionado com o primeiro. Muitas vezes as pessoas são preconceituosas com o desconhecido e nem sabem bem porquê. Talvez porque o seu grupo de pares o seja ou talvez se deva ao tipo de educação ao qual foram expostos.


Falta do que fazer

Há pessoas cuja vida deve ser tão aborrecida e desprovida de qualquer entusiasmo, que fazem disto hobby. Todos nós conhecemos alguém assim.


Deixo abaixo um vídeo muito interessante sobre este tema, abordado brilhantemente pelo historiador brasileiro já referido acima: Leandro Karnal.

Espero que tenham gostado do texto e adoraria saber a v/ opinião em relação a este tipo de temas.


Até ao próximo post!

Liz P

Origem da imagem: Pixabay

 A blogger: 

Introvertida aspirante a escritora que tende a confiar mais no papel do que nas pessoas. Apreciadora de produtos de beleza, música que arrepia, trocadilhos e clichés, ela sonha viajar pelo mundo e conhecer lugares que lhe alimentem a inspiração, o saber e a alma.

Liz Pereira
 Fica a par das novidades 

Coloca aqui o teu email

E fica a par de todas as novidades!

 Arquivo: 
 POSTS recentes: 
 Instagram: @lizpereirablog 
 procurar por TAGS: 
Nenhum tag.
bottom of page