Bagagem emocional
Quer queiramos quer não, as nossas vivências deixam-nos marcas, por vezes até inconscientes, para a vida.
Há experiências negativas das quais levamos mais tempo a desvincular. Contudo, mesmo após deixarmos de ser "escravos" do passado, o que é benéfico é assimilado, absorvido e acompanha-nos para sempre (ou pelo menos assim deveria ser).
A bagagem emocional diz respeito ao nosso histórico, digamos assim. E, tal como qualquer outra bagagem, para ser transportável e suportável não deve ser "pesada". Quero com isto dizer que é importante que fique arrumado (no passado) tudo o que não é útil, que não nos faz bem ou que até o nos "puxa" para para trás. Apenas o essencial, o que nos permite avançar, deve permanecer connosco. Por essa razão, costumo comparar esta parte a uma bagagem de mão, cujo conteúdo é imperativamente inseparável de nós. Portanto, deve ser bom, saudável, pois apenas devemos carregar o que nos faz bem.
Desde jeitos, expressões, locais ou hábitos, há inúmeras experiências que ficam connosco e que passamos a apreciar por influência de outras pessoas, que até podem já não fazer parte da nossa vida, mas que de alguma forma nos fizeram crescer e melhorar.
Somos o resultado das pessoas com quem nos relacionamos. E não falo apenas a nível amoroso. Há a família (geralmente responsável pela nossa educação) e os amigos (influências). Obviamente que a nossa personalidade também tem grande peso na forma como encaramos cada situação. Mas são as vivências passadas, e a forma como as processamos, que mais influenciam a nossa postura no futuro.
Em suma: Fomos e somos construídos por cada pessoa que passou pela nossa vida, seja ela nociva ou benéfica ao nosso desenvolvimento. E é sempre possível guardar algo de bom, mesmo que a situação não o seja.
Stay positive! Beijinhos! Origem da foto do cabeçalho: Pixabay
Edição: Elisabete Pereira